EDUCAÇÃO - EDUCAÇÃO VISUAL E TECNOLÓGICA

Reflexões de quem caminha para vinte anos de serviço:
Os Triângulos tem vértices?

Triângulos há muitos... nas mais diversas acepções. Para mim, é uma questão de ângulos. Quando Cristovão Colombo navegou, pela primeira vez, as águas das Antilhas[da sua determinação] trouxe ao mundo um novo triângulo: o triângulo das Bermudas(nas Caraíbas)[é que estes excessos de confiança dos veículos prioritários -L.P. e Mat.- também querem ofuscar a HGP...) ; tal como ele, também eu observo coisas bizarras no espaço da Educação, para nós, portugueses, de 1974 para cá. A Revolução conseguiu o imperativo categórico de acabar com o estigma e acepção de cidadãos, decorrente da injustiça social entre opção (inexistente) entre Faculdade e Liceu industrial (ou escola comercial). Não é do meu tempo, mas a geração de ‘59, recordará a equação “fascista” posses = universidade, sem posses =escola industrial ou comercial. Certo certo, é que volvidos 36 anos, os milhares de técnicos formados pelas escolas industriais e comerciais, que construiram este país, estão a desvanecer-se para a sua aposentação (remediada) merecida, enquanto os Doutores cedem lugar aos novos doutores [a maioria deles chumbou a EVT por não mexer as mãos, não adquirir a competência de pregar um prego e não evidenciar aprendizagens e aptidões técnicas e manuais, Latim não conta...], dizia com as suas dissertações «livrescas» que têm demasiada especialização, (in)competência e erudição para trocar uma lâmpada, um fusível ou uma roda do seu próprio automóvel, ou porque têm mordomo, ou por nunca ter saído do laboratório virtual ou ainda por não precisar de viajar nas curvas do Marão de noite.
O mar cavado da ausência de técnicos de bata (estilo Bosch), nunca mais foi ultrapassado por inércia e incapacidade criativa dos vários ministérios da (des)Educação.
Mas políticas erradas à parte, nalguns recônditos vales deste nosso rectângulo montanhoso à beira de água, ainda se “canta” que Portugal vai desde a Madeira, Brasil, Angola, Moçambique, Goa, até Macau num velho e resistente suporte rectangular, que contempla(va), ainda, para além das serras, as águas termais e respectiva indicação para a saúde, num saudosismo da navegação redutora do a, ante, após, com, que...na ponta da língua.Em todo caso fica o registo do bom papel do Tempo do Escudo.O primeiro Ciclo o eterno esquecido para não falar da ausente maternelle da primeira infância que fez as outras Nações.
Mas falemos de mares favoráveis e da grande aventura educativa do ciclo preparatório: milhões investidos durante décadas em recursos humanos e físicos da mais avançada arquitectura sueca. Voltemos à matemática das evidências, resultados (cívicos)= zero; Educação para a Cidadania= naufrágio...de papeis lançados ao chão,em águas tempestuosas de Zig-Zag de reflexos ora laranja, ora rosados.
Centremo-nos nos ângulos do triângulo: Escola - Família - Televisão (resto da sociedade ou bissetriz);coincidência ou não, o surgimento dos canais privados validou a relação de causa/efeito do desnorte educativo, entretenimento fútil= 100%, objectivos educacionais = zero ,chamem-lhe share; nem quero parecer do contra ou ,como alguns navegadores da Utopia, civicamente auto posicionados acima do direito [dever] c+ivico de votar, ideias de teocracia elitista e exclusivista...
Contra a maré, remamos nós: tu e eu Professor(a) da Escola Pública, que o digam os professores das expressões assistindo ao afundar das outras competências, Cor (EVT), Movimento (Ed.F.) e Ritmo(Ed.M.) nos pixeis da tela interactiva dos actuais navios educativos[leia-se Macro-céfalos do mar do sistema Educativas, outra Pizza...]; sempre o mesmo problema: a questão do ineficaz ou tímido leme, que nunca chega para manobrar ou decidir a rota evitando os Icebergs imperceptíveis à deriva; ou como nós por cá dizemos:vício enraizado do carro à frente dos bois...
Mas falemos de outro ângulo: a Família, quando tu, Director de Turma, constatas a fragmentação e volatilização das figuras referenciais base da sociedade, levantas as mãos à cabeça perante a falta de bússola dos seus educandos e teus alunos,eles[e tu] com medo do naufrágio em vazio existencial…
Nestes lados da figura, alguém avista algum indício, indicador ou evidência de qualidade [é que agora somos todos publicitários],histogramas aqui não por favor,algum vislumbre de Autoridade educativa ou algum vértice referencial?
Eles(os marinheiros do sec.XV) chamavam algo de muito feio no cimo do mastro; talvez não existam vértices em triângulos ou existam antes noutros prismas com outra Dimensão Educativa, para formação dos filhos da Nação e dos teus próprios herdeiros do teu remediado PPR!
Mas parece que Colombo lá conseguiu navegar sem bússola e desenvencilhar-se do tal triângulo magnético,ele que nem era físico nuclear, terá sido apenas com o ovo de Colombo ou talvez com o guaraná (profs e Herbalife),..por que, afinal dizem que era Português, logo [Filosofia do outro ciclo] desenrascado…
Para uma próxima aventura de escrita livre,evidências fotográficas não incluídas, a globalização inventada... pelos portugueses (com burocracia claro)
Pena é que a inspiração seja como as marés…uma vez por mês, como nas versões evoluídas XX...


Autor: Blog Famílias Primeiro
A.C.















Publicada por professor António Coimbra